Paços do Concelho de Oeiras (a partir dos anos quarenta)

As antigas Cocheiras (à esquerda), integrantes do complexo da Quinta e Palácio dos Marqueses de Pombal (ao fundo), imediatamente após as profundas obras de remodelação de que foram alvo, na década de 1940, quando passaram a albergar os Paços do Concelho (e também a Biblioteca Municipal) de Oeiras, situação que ainda se mantém hoje (excepto no tocante à Biblioteca, que passou a dispor de um edifício próprio, há cerca de quinze anos, no qual também se encontra instalada a Assembleia Municipal de Oeiras).

Repare-se ainda no Pelourinho de Oeiras (em primeiro plano).

O CONCELHO DE OEYRAS DESDE O MARQUÊS DE POMBAL ATÉ AO LIBERALISMO.

1764 - 1836

A nove de Abril do anno da Graça de 1764, por Alvará régio, o novo Município de Oeyras, menos de cinco anos passados sobre a sua fundação, sofre o seu primeiro alargamento (o qual logo se traduziu em mais de metade da sua superfície à data!), mediante a incorporação das Vilas de Carcavelos e de S. Domingos de Rana, situadas já para Poente da Ribeira da Laje (e hoje integradas no Município de Cascais).

Ao contrário da primeira, esta segunda delimitação histórica do território municipal oeirense irá perdurar por mais de setenta anos, até depois do fim do absolutismo monárquico em Portugal.

Saliente-se ainda que os novos domínios ocidentais então integrados no Concelho só viriam a ser "perdidos", por motivo da sua inclusão no de Cascais, perto do final do Século XIX (mais precisamente em 1895, aquando da extinção, aliás pouco duradoura, do Município de Oeiras...).

A delimitação original do Concelho de Oeyras...

1759 - 1764

O território original do Concelho de Oeiras, com uma superfície inferior a metade da actual, era ainda delimitado a Poente pela Ribeira da Laje, a Norte pelo Condado de Barcarena, a Nascente pelo Rio Jamor, se bem que a Sul já pelo Rio Tejo, abrangendo assim uma área que corresponde, nos dias de hoje, aproximadamente às actuais Freguesias de Oeiras e S. Julião da Barra (sem a margem ocidental da Ribeira da Laje), Paço de Arcos, Caxias, Porto Salvo e Queijas.

Esta configuração inicial com que o Concelho foi criado há 25o anos (admite-se que a 7 de Junho de 1759, data em que o então Lugar de Oeyras foi elevado a Vila, por El-Rey D. José I), decorria ainda dos limites do ancestral Reguengo de Oeyras e também do mais pequeno e então designado Reguengo A-par-de-Oeyras, ou igualmente Reguenguinho (sendo que o termo "Reguengo" designava uma parcela de terreno pertencente à Casa Real, ou seja, propriedade privada do próprio Rei de Portugal), possessões régias então outorgadas por D. José, em reconhecimento pelos bons serviços prestados, a Sebastião José de Carvalho e Mello, então ainda simplesmente Conde de Oeyras e Primeiro-Ministro do Reyno!

Esta pouco conhecida primeira delimitação geográfica do Concelho de Oeiras durou, contudo, apenas cerca de cinco anos, mais precisamente até 9 de Abril de 1764, altura em que o novo Município viu o seu território substancialmente aumentado para Poente da Ribeira da Laje, inclusivé com algumas zonas actualmente pertencentes ao vizinho Concelho de Cascais...